Improvável é tudo aquilo que é possível mas que tem pouca probabilidade de acontecer. E, às vezes, a probabilidade é tão baixa mas tão baixa que a gente chega a pensar que a coisa é impossível! Até que alguém, um belo dia, resolve fazer e mostra que tudo (ou quase tudo) pode acontecer. Aí, a gente fica com aquela cara de "pô, por que não pensei nisso antes?"
Isso vale para qualquer atividade... pintura, poesia, engenharia e, claro, gastronomia! É claro que existem alguns limites de natureza técnica e regulatória que dizem até onde a gente pode ir, mas sempre tem alguém inventando moda e materializando o aparentemente impossível.
O queijo, por exemplo. Você já parou para pensar quem foi a primeira pessoa que conseguiu transformar algo extremamente perecível em um produto durável e ocupando apenas 10% do volume? Pelo que consta, isso ocorreu há mais de 7.000 anos, provavelmente na mesma época em que o ser humano domesticou animais como cabras, antes dos primeiros registros arqueológicos de que se tem notícia. Se isso aconteceu na Europa, Oriente Médio ou Norte da África, não se sabe ao certo... mas dá para imaginar a revolução que isso causou nas sociedades nascentes.
Ao longo da história, o Homo sapiens se espalhou pelos cinco continentes e, com ele, os animais de criação e as bactérias necessárias para a produção do queijo. No Brasil, não há relatos de que os índios produzissem queijos antes da chegada dos europeus, até mesmo porque não havia nenhum tipo de atividade leiteira. Foi no período colonial que surgiram os primeiros registros de produção de queijo e, talvez por ser um tradicional produtor de gado de leite, é no estado de Minas Gerais que ele atingiu sua maior expressão, para minha felicidade!
Paulista de nascimento, eu odiava queijos. Sei que dizer isso em terras mineiras é quase uma heresia, mas eu odiava a ponto de pedir pizza sem queijo, macarrão sem queijo e até misto quente sem queijo hehehehehe. Isso só foi mudar a partir de 2008, quando passei a morar em Belo Horizonte e a ter contato com queijos artesanais. Eles me fizeram mudar de opinião. De hater a lover, hoje experimento todos os queijos artesanais que aparecem na minha frente, numa tentativa gulosa de compensar o tempo que vivi sem eles.
E como eles são diferentes um do outro! Apesar de usarem os mesmos ingredientes - leite, pingo, coalho e sal - cada um tem sua personalidade, resultado das condições nas quais as vacas cresceram, do que elas comeram, como foi feita a manipulação do leite e a maturação do queijo.
Agora, imagina o que pode acontecer quando essa lista de ingredientes é incrementada com bebidas alcoólicas, frutas e até com carvão. Impossível, não é... mas bastante improvável! Foi exatemente isso que me levou a um evento da Caseum Queijos.
Ganhei amostras de cinco queijos para fotografar. E é claro que, com eles no meu espaço e com a coleção de geleias por perto, rolou um delicioso todos x todos.
E então? Que queijo improvável você gostaria de provar? Ou mais que isso: que queijo improvável você gostaria que fosse desenvolvido?
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